29 de set. de 2010

Web , amor não correspondido - cap. 13

Perdi a conta de quanto tempo nós ficamos ali nos beijando, mas de uma coisa eu sabia, passamos mais de 10 minutos em um só beijo sem intervalos, quando o Victor me soltou, manteve sua mão esquerda na minha mão direita e ficou me olhando com a outra mão parada em seu peito e sua respiração ofegante, virei meu rosto pro lado contrário do dele e revirei meus olhos quando pensei ''Obrigada Meu Deus'' , tentei acalmar minha respiração mas eu sabia que nem água naquele momento me deixaria menos nervosa do que eu estava. Era difícil de acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo, precisei piscar os olhos várias vezes e me dar uma azunhadinha no dedo pra saber que eu não tava sonhando, eu não sabia nem o que pensar, eu devia ter recusado, devia ter imposto minha vontade e pronto, nada mais a ser discutido... mas ai ele vem, com aquela boca carnuda, aquele perfume maravilhoso e aquele olhar dele combinado com o sorrisinho de canto que SÓ ele tem, de repente o Victor falou quebrando o silêncio entre nós e interrompendo minha discussão mental.

- Hm.. er, eai, eu... hãn, devia ter avisado... ne?
- Devia, e devia ter me respeitado também e não me interrompido quando eu ia terminar de falar. As palavras escapuliram de dentro de mim, fiquei pensando se teria magoado ele o tanto que eu no fundo desejava que tivesse.
- Ah é, mas eu não podia deixar voce continuar dizendo e correr o risco de você sair porta a fora antes de ter esse beijo.
- Voce ja tava planejando isso antes de conversamos?
- Nao, bom, eu planejei na hora quando voce ia me dizer pra eu, er, deixa pra lá.
- Pra você me deixar em paz, eu termino agora se esse é o problema.
- Calma ae ou estressadinha, não vai se exaltar hein Malú?
- Eu nao to estressada seu grande imbecil.
- HAHAHA, não?! Não sou eu que estou ficando meio vermelho e respirando com dificuldade.

Ai minha nossa senhora, eu precisava sair dali e rápido. Dei uma risadinha bem forçada e irônica e virei as costas pra ele, coloquei a mão na maçaneta e quando fui abrir a porta ele segurou fortemente o meu braço. Olhei pra ele com cara de quem ia matar um e não falei nada esperei ele falar pra eu acabar com aquilo de uma vez por todas. Ele botou a outra mão na cabeça e coçou com cara de quem não sabia por onde começar.

- Hein Malu, antes que você saia... a gente vai ficar nisso mesmo?
- Nisso o que?
- Nessa palhaçadinha de fingir que nada aconteceu aqui hoje.
- Ué, você quer que eu faça o que?
- Quero que voce não finja que não ouviu que eu estou A P A I X O N A D O por você, quero que você não fique bloqueando seus pensamentos do nosso beijo e quero que você diga pra mim que vai pensar se me perdoa por eu ter sido o ''tremendo idiota'' durante esse tempo todo e que eu quero melhorar tudo entre a gente...
- E ''melhorar tudo entre a gente'' é... ?
- Ficar junto com você, te provar.

Eu ja podia sentir que estava ficando vermelha e com a respiração dificil de novo, meu deus do céu não podia ser, não era possível que alguem foi da água pra coca cola desse jeito... Soltei a mão da maçaneta e coloquei na testa secando as gotinhas que ali apareceram, respirei fundo e tentei me acalmar.

- Não vou dizer nem te prometer nada e eu vou continuar fingindo sim que não aconteceu nada entre nós, tchau.

Antes que ele pudesse me impedir de novo eu sai porta a fora e fui direto ao banheiro (que ficava do lado do quarto dele), o Renato ja devia tá estranhando o meu sumiço por tanto tempo mas eu precisava ver como estava o meu rosto antes de encontrá-lo. Me olhei no espelho e quase não me reconheci, meu rosto estava cheio de pintinhas vermelhas devido ao meu stress, meu cabelo estava meio bagunçado e minha testa totalmente suada, abri a torneira e peguei agua com as mãos e lavei meu rosto, depois meu pescoço e minha nuca, me ajeitei. Quando me olhei de novo no espelho respirei fundo e recapitulei tudo o que eu tinha acabado de passar ali, meu corpo tremeu e eu senti uma vontade imensa de abraçar a minha mãe e ouvir as histórias dela sobre ''o amor'', comecei um choro desenfreado e acabei sentando na privada com o rosto nas mãos. Depois de ter passado uns 15 minutos no banheiro, terminei de me ajeitar e sai do banheiro, ao abrir a porta dei de cara com o Renato com a mão direita fechada em punhos como se fosse bater na porta. Assustada, dei um sorriso totalmente forçado e soltei:

- Ahn, oi amor.
- Malu, tá tudo bem? o que aconteceu?
- Hmm, nada ué, por que?
- Bom, nada? você passou quase 1 hora ''no banheiro'' que pelo menos é aonde você disse que ia e eu chego aqui e ouço uns soluços, você tava chorando?
- Não Renato, eu tava soluçando mesmo,deve ser meu estômago problemático e eu perdi a hora... eu fiquei na cozinha levando um papo com... com a Iracy ( mãe do Victor ) sobre as batatas, me desculpa. Nossa como eu era idiota, não tinha desculpa melhor?
- Hmm, sei. Mas então vamos voltar?
- Claro, vamos. Dei a mão pra ele e tentei me equilibrar no salto ainda, esperava que ele nao percebesse que eu estava tremendo e tentei controlar minha vontade de olhar pra trás e ver o victor no quarto dele, se é que ele ainda estava la.

16 de set. de 2010

Web, amor não correspondido - cap. 12

Naquele momento ali faltou tudo, faltou certeza,faltou palavra,faltou o ar, faltou até a sensação de saber que ainda se tem cerébro e pernas e partes do corpo. Se aquilo era uma brincadeira não ia ter perdão, não ia mesmo por que eu não conseguia nem pensar na cara que eu tava, na COR que eu estava e muito menos, não sabia se eu ia cair dura estatelada no chão ali a qualquer momento. Por que será que ele tava fazendo aquilo comigo? meu deus do céu, era muita informação pra pouca memória e pra um frágil coração... Respirei, botei a mão no coração, e sentei na cama dele de frente pra ele, não sabia se eu estava congelada ali no chão há muito tempo e eu olhava pra ele mas realmente não via, vocês me entendem? KK

- Que palhaçada é essa, seu idiota? Eu ainda nao conseguia realmente ver a cara dele,meus olhos estavam embaçados, e eu me mataria se aquilo fossem lágrimas.
- Epa, calma Malú, depois de tudo o que eu te falei você acha que eu ia brincar com uma coisa dessas , po?
- Acho, por que voce tem comportamentos idiotas demais as vezes.
- HAHAHAHA, e agora quem tá sendo idiota?
- Ai victor, foi mal ta, mas essas coisas não podem ser ditas ok? muito menos quando se há pessoas nessa casa que podem entender tudo errado, ta?
- Você se preocupa demais com os outros, e eu to esperando, você nao vai dizer nada sobre o que eu acabei de te falar, não?
- Hmm, han.. er, vou... nao. O que eu tenho pra falar, ué?
- Caralho, depois você fala de mim, beleza então ow.

E ele se virou e foi saindo pela porta do quarto, quando a coragem me fez levantar num pulo e ir atrás dele fechando a porta antes que ele pudesse dar o primeiro passo pra fora do quarto, ele se virou pra mim assustado e com um rosto confuso, deu uma respirada e falou suavemente:

- O que é , agora?
- Você me conhece tão bem assim , Victor? Me conhece tão bem assim que sabe até quando eu tenho algo pra falar e não quero?
- Você não é tão indecifrável como acha ser Malú. - E deu um breve sorriso de canto. - Mas dizae, o que voce tem pra me falar?

Respirei,pensei, respirei, pensei... comecei.

- Você sabe bem dos meus sentimentos por você, ja disse isso antes, la na minha casa lembra? que você é um tremendo idiota que não enxergava as coisas que vivem estampadas na minha cara, por muito, muito tempo Victor eu achei que nao olharia pra outra pessoa, achei que minha vida estaria conectada à você pra sempre, entende? Por que mesmo que eu queira me manter longe de você, eu simplesmente não consigo parece que nós dois funcionamos como ímas que quando um se afasta o outro vai atrás, e é assim que eu descrevo a nós mesmos. As vezes você tá bolado comigo, me ignora e eu tento ficar longe mas ai por um acaso eu vou em um lugar, um cômodo as vezes e você está lá e a voz fala mais alto que eu, a vontade de falar contigo é maior e mais forte do que eu... Quantas vezes eu desejei te bater ao invéz de sorrir quando você fala alguma coisa bonitinha que faz a minha reação me entregar, quantas vezes eu quis dizer ''acorda mlk, olha eu aqui,para de só ver a camila'' Mas ao mesmo tempo que eu sei o quanto eu te amo eu sei o quanto eu me odeio por te amar, o quanto eu me odeio por estar fazendo isso agora e o quanto eu TE odeio por fazer isso comigo, eu não posso mais continuar assim, o Renato na minha vida foi um presente vindo na hora mais precisa e eu não posso decepcioná-lo por que ele me faz bem e ele merece o melhor, e eu nao sei se é algo que eu posso dar, mas eu vou tentar Victor, eu vou tentar de todas as formas fazê-lo feliz como eu sempre sonhei em te fazer. Você vim agora aqui e dizer que está apaixonado por mim é uma surpresa muito grande, parabéns por que não deu pra sacar nada antes, mas infelizmente... Eu não vou poder te corresponder de frente assim, meu sentimento por você tá lutando contra todas as boas reações do meu corpo e tá sendo abafado bem la no fundo, eu espero que você se cuide e por favor me deixe ... por favor , me deixe...

Antes que eu pudesse criar coragem de fazer esse pedido, percebi que meu rosto e minha blusa estavam molhadas, não me lembrava de quando isso começou mas comecei a secar com o dorso da mão, quando fui passar a minha mão aos meus olhos outra mão - que não era a minha - me segurou, e eu senti uma respiração perto de mim, o Victor pegou a minha mão e levou ao rosto dele, quando encontrei o seu olhar eu vi que ele estava usando a minha mão pra retirar uma gotinha de lagrima pronta pra cair do seu olho direito, eu dei um gemido de tristeza misturado com surpresa e quando pisquei de novo fui tomada em um abraço de urso , forte e quente com ua pontandinha de sinceridade e muita vontade de estar ali, ele recuou olhou pra mim e eu não tinha fala, não consegui pensar em nada pra dizer, ele colocou sua mão direita na minha nuca passando pelos meus cabelos soltos e lisos e me puxou pra ele, colocando sua outra mão na minha cintura começou a me beijar devagar e eu não pude fazer nada a não ser colocar as minhas mãos em sua nuca e me permitir estar ali com ele, mesmo sabendo que era errado eu não pensei em mais nada, a não ser na felicidade que latejava dentro de mim...

10 de ago. de 2010

Web Amor não Correspondido - cap. 11

Depois de inúmera perguntas e muita relutância, o Renato finalmente topou... Chegamos na casa do Victor e logo comecei a cumprimentar e apresentar o Renato para as pessoas conhecidas, a Kamila ficava a todo minuto olhando pra ver se avistava o Victor e me lançava cada olhar curioso que me deixava cheia de expectativa...

- Hei Malú senta aqui com a gente? - disse um dos amigos do Victor, o Maradona.

- Ah claro! - eu respondi e fui logo me acomodando em uma das cadeiras.

Quando acabei de me sentar o Victor vem depressa em minha direção, sua expressão era de euforia, entusiasmo, surpresa e todos esses sentimentos ótimos de quando se espera muito que alguma coisa aconteça e ela finalmente fica prestes a acontecer. Eu me sentei sozinha com os meninos pois o Renato tinha ido ao banheiro, a Kamila estava num sofá próximo a mesa e não parava de me olhar... Então o victor chega com aquele sorriso fascinante e apaixonante no rosto olhando pra mim , '' Meu Deus do céu , o que será que ele tem agora? '' Foi a primeira coisa em que pensei, quando ele abriu a boca e disse:

- Eaaaai Malú, como é que você ta?
- Estou ótima e você, Victor? - eu disse tentando conter a empolgação na minha voz
- Mas eai, encontrei a Kamila ali e ela disse que você me trouxe uma surpresa, o que é?

Paralisei, víbora pessonhenta dos infernos... tinha que estragar esse meu momento, respirei fundo e continuei:

- Ah, ela está sendo gentil, não é nenhuma surpresa não Vi, eu só trouxe o... Renato.

Assim que terminei de falar o nome do Renato ele aparece logo atrás do Victor dando um tapinha de leve no ombro dele e dizendo ''Eai parceiro?'' , não sei se foi só impressão mas o Victor pareceu engolir seco e jogou aquele ''eai'' e saiu. O resto da tarde juntando com a noite foi assim, a Kamila se juntou a nós e eu percebi que um dos amigos do Victor, o Vinícius não parava de arroizar ela com o olhar... ainda mais ela com aquela roupa dela super curta hmm. O Renato se inturmou bem com os garotos, apesar das besteiras e infantilidades que eles falavam - eu ja estava acostumada - mas tive medo de como o Renato fosse reagir, mas ele sempre me surpreendendo e se dando muito bem com tudo, de vez em quando reparava que meu olhar estava perdido em algum lugar que não era nossa mesa, procurando alguem que também não se encontrava ali e fingia não ter interesse de estar lá também, mas eu tive que disfarçar pra ele não começar a me fazer perguntas. Vi o Victor passando com umas sacolas na mão em direção à cozinha e então me levantei e disse que ia ao banheiro, só que na verdade o segui, quando cheguei lá ele estava indo pro quarto que era do lado do banheiro que era do lado da cozinha... Ele entrou e eu entrei em seguida fechando a porta e ficando de costas à ela, não deixando ninguem entrar e fazendo ele levar um baita susto.

- Que m...?! Ai Malú, que susto!
- Han... foi mal Victor, preciso falar com você.
- Pode dizer - ele falou secamente.

Pensei, criei coragem e desembuchei:

- Ontem você me pediu desculpas por ser um idiota e me pediu perdão, me chamou hoje pra vir na sua casa com o maior carinho, pra eu chegar e você ficar me tratando dessa forma? Fingindo que eu não existo e nem falando com os seus amigos pra me evitar? Victor eu antes só achava isso, mas agora preciso te perguntar por que ja estou começando a ter certeza, Qual é o seu problema comigo, velho?

Esperei, e percebi enquanto eu falava que ele coçava a cabeça e franzia as sobrancelhas com cada palavra que eu cuspia na cara dele, me senti extremamente desconfortável e nem queria imaginar se o Renato descobrisse que eu estava no quarto dele com a porta trancada.

- O problema não é você, o problema sou eu Malú... Tenho me arrependido de cada passo dado em relação a você, de cada palavra dita e até as não ditas também, tenho pensando em você mais do que eu quero e isso está me afetando, me afeta querer te dizer coisas que eu não posso ou que simplesmente não se encaixam com o que eu sou e o meu jeito de ser, você entende? Você tem causado em mim uma turbulência grande demais e eu não queria que você tivesse percebido antes e que isso pudesse estragar a amizade que nós temos... Malú, e-eu ...

- O que Victor? você o que?
- Eu estou apaixonado por você.

29 de jul. de 2010

Web Amor não Correspondido - cap. 10


Então a partir daquele dia começamos a namorar, não estava nada oficializado, mas nos víamos sempre, telefonávamos todos os dias mais de uma vez, além de mensagens e muito, muito carinho.

Minha vida estava caminhando, rumo ao esquecimento, rumo a felicidade...mas como alegria de pobre dura pouco, fui numa festa com minha irmã e minha mãe, e lá estava o meu cunhado radiante ao nos ver e do lado...Victor!

- Oi Malú - ele disse bem próximo ao meu ouvido e por trás de mim, me fazendo pular de susto.

- Aiii que susto garoto! - levando de imediato a mão ao peito.

- Podemos conversar? - ele falou num tom sério, o que me surpreendeu muito, mas decidi não debochar e ver até onde a seriedade do Victor poderia ir, afinal de contas acho que estou vacinada!

- Claro. - e o acompanhei para um lugar mais reservado, mesmo assim não deixei de notar os olhares expeculativos que minha mãe e minha irmã lançaram pra mim.

Nos sentamos e fiquei esperando que ele começasse logo a dizer o que queria, mas ele apenas me olhava. Longos minutos se passaram e ele continuava me olhando, eu já estava prestes a explodir quando ele rompeu o silêncio.

- Malú eu sei que o que vou dizer vai soar muito estranho e pá, mas é sério. Me perdoa?

Olhei incrédula, não podia ser o Victor me pedindo desculpas, devia ser um clone dele ou algo do tipo, senti uma vontade súbita de rir, rir muito, mas se fizesse isso estaria agindo como ele, e isso era algo que eu simplesmente abominava.

- Te perdoar pelo que? - perguntei.

- Por eu ter sido tão idiota com você, por ter rido, por ser esse babaca frio e debochado, por ver o quanto você gostava de mim e ainda sim não te respeitar. - e uma onda de calor subiu até meus olhos, fazendo com que eles se inundassem e quisessem transbordar, mas os obriguei a não me traírem dessa forma, permanecendo cheios, porém controlados.

- Tudo bem Victor, sabe sofri muito, mas agora está tudo bem e finalmente vamos poder ser só "cunhados"!!!!

- Como assim agora?

- Ah você sabe. Eu e o Renato, o cabeludo lá lembra? Estamos juntos e acho que isso resolve as coisas entre nós.

- Vocês estão juntos? Namorando?

- Acho que sim, se namorar for se ver sempre, ligar todos os dias, sair, beijar, dançar...querer e muito estar com a pessoa, então isso é namorar, porque é exatamente o que estamos fazendo! - claro que eu dei muito mais informação que o necessário, mas não podia deixar de apreciar a cara que o Victor estava fazendo com a notícia.

- É. Acho. Que vocês. Estão. Na- na-namorandoo - ele pronunciou as palavras pausadamente e com certa dificuldade, levantou-se, apertou a ponta dos meus dedos e saiu.

Minha satisfação era um sentimento visível, quase como uma aura cor de rosa em volta de todo o meu ser...acho que eu estava sendo vingativa, mas depois de anos e anos gostando de um cara que só sabia me maltratar, isso era o mínimo de compensação que eu poderia querer!!!!

O restante da festa foi perfeito, pude aproveitar bastante e saborear cada olhada que o Victor lançava em minha direção e olha que não foram poucas, mas como se tivesse sido tudo combinado pra poder fechar com chave de ouro, recebo uma ligação do Renato, bem na hora em que estávamos todos juntos, me afastei para poder falar e sorri bastante...

- Eita Malú, que cara de apaixonada é essa hein? Era o namorado? - meu cunhado perguntou e imediatamente olhou para o irmão.

- kkkkk nada, tô mesmo com essa cara? Poxa tem tão pouco tempo... - respondi sentindo o doce sabor da vingança.

No outro dia bem cedo meu telefone toca... Fiquei puta, porque odeio ser acordada cedo.

- Alô - perguntei sem olhar no visor quem era.

- Oi te acordei?

Inacreditável, eu só podia estar tendo uma alucinação ou coisa do tipo...ele nunca me ligou antes, não assim sem interesse em alguma amiga/prima.

- Hunrum...quem tá falando mesmo?- perguntei de propósito.

- É o Victor ow Malú!!!

- Ah oi e aê?

- Vou fazer uma reuniãozinha com meus colegas aqui e gostaria muito que você viesse também...

- Sério? Mas tipo, é pra eu ir se a Kamila for também né?

- Não, só você mesmo, se quiser passo aí e te pego.

- Ah, mas posso chamá-la se eu quiser né?

- Pode chamar quem quiser contando que venha!!

- Ótimo, brigada Victinho, vou me aprontar e te ligo se precisar de carona ok?

Ele radiante respondeu - Ah que bom, vou esperar!!!

Desliguei o telefone e imediatamente liguei para a Kamila contando o que havia acontecido e obviamente chamando-a para ir.

Depois de pensar e repensar, decidi que era a coisa certa a se fazer, só temia o fato dele se chatear e não querer ir, mas eu tinha de arriscar e então me enchi de coragem e liguei.

- Oi Renato tudo bem? Saudades de você!- disse toda melosinha

- Oiii linda...quero te ver.

- Vamos num churrasco comigo?

22 de jul. de 2010

Parcerias...




Oiiiii minhas leitoras e leitores lindos do coração, este post é especialmente para divulgar uma galera fofis que ta fazendo parceria com o Mel na Boca, para que todos conheçam e sigam esses blogs também ok?
  • Segue a listinha de blogs fofíssimos:

Beeijos ;*

Web Amor não Correspondido - cap. 09



Mais tempo se passou...Renato me ligava todos os dias, mandava mensagens e mostrava bastante interesse em mim, mas na verdade só conseguiria me entregar depois de contar tudo pra ele, não ia ser fácil, mas tinha de acontecer para poder seguir em frente.




Desde o dia que fiquei com o Renato no shopping, não tive mais contato com o Victor, e isso foi muito bom, porque me permitiu pensar com mais clareza e ter mais certeza de que eu poderia ser do Renato, eu queria ser dele!




Então decidi ligar.




- Oi lindo, tá podendo falar? - perguntei.




- Oiiii princesa, tava pensando em você agora acredita? Conexão de pensamentos...claro com você eu sempre posso falar! - ele respondeu um tanto meloso demais pro meu gosto.




- Ah que bom. Você pode vir aqui em casa tipo, agora?




- Aconteceu alguma coisa?




- Na verdade não, mas preciso te contar uma coisa, é muito importante e é melhor que você venha antes que eu desista.




- Nossa você ta me assustando!




- kkkkkkk não bobo, não é tão sério assim...- pelo menos pra ele não era tão sério, porém para mim era decisivo e muito complicado, porque aquele idiota é quem manda no meu coração infelizmente.




Esperei cerca de uns 30 minutos e lá estava o Renato estacionando o carro na minha porta, desci correndo e fui até ele, que me pegou pela cintura, me levantou, me rodopiou e me beijou um tanto urgente, seu hálito sempre meio apimentado, afrodisíaco, me dava uma vontade de beijá-lo até conseguir decifrar exatamente seu sabor...




- Só pra garantir. - ele disse sorrindo e me soltou delicadamente.




- Garantir o quê?




- Garantir um beijinho seu antes que você me dê um toco!!!




- kkkkk eu não vou te dar um toco, você é quem vai me dar o toco...mas espero que não!




- Hummm?




Expliquei tudo a ele, contei sobre minha paixão pelo Victor, o tanto que já sofri e como ele ainda mexia comigo, contei do que senti por ele assim que o vi, do sabor especial que teve nosso beijo e o quanto eu queria que desse certo essa relação, mesmo que ainda não fosse de fato uma relação...




- É isso então? - ele perguntou sério.




Assenti com a cabeça.




- Olha Malú, o que você tá me falando é complicado concorda?




- Hunrum




- Ok, eu sou homem, sou orgulhoso, egoísta e principalmente não gosto e não pretendo dividir minha mulher com mais ninguém.- comecei a falar, mas ele me interrompeu - porém, eu quero ouvir de você se você está comprometida realmente, se quer esquecê-lo e se acha que pode me amar?


- Ai Renato, claro que posso, mais ainda eu quero. - pulei e agarrei seu pescoço e deu um beijinho carinhoso nele.


- Mas tem mais uma coisa - eu disse - eu também não sou virgem!


- NÃO É VIRGEM? kkkkkkkkkkk como assim? Com quantos anos foi isso? Precoce...


Fiquei muito sem graça, e depois de ter passado do vermelho ao verde, do verde ao azul, do azul ao roxo e devagar recuperando meu tom amarelado de ser respondi.


- Perdi com 16 anos, com um garoto lindo e cafajeste, não foi bom, não me arrependo, ele não era meu namorado antes que você pergunte e também não era o Victor! E sim sou muito precoce mesmo.


Ele riu mais um tanto e acabou me abraçando e sussurrando em meu ouvido - Isso não é importante para mim, o importante é que você esteja comigo e só comigo, de corpo, mente e coração.




18 de jul. de 2010

Web Amor não Correspondido - Cap. 8


Quando eu entrei no shopping, senti um frio na barriga inesperado e minhas mãos suaram sem parar...De alguma maneira eu tinha que arrumar um jeito de me acalmar ou então iria passar vergonha na frente do Renato, ou seja, acabei me atrasando!

Quando subi até a praça de alimentação, o avistei sentado, tamborilando os dedos freneticamente em cima da mesa, com visível falta de paciência...

- Oi... desculpe o atraso. - eu disse já me sentando.

- Ufa! Pensei que tinha ganhado um bolo.

- kkkk não, eu não faço esse tipo de coisa... Mas o que você queria falar comigo?

- Falar? - ele perguntou surpreso e colocou sua cadeira bem ao lado da minha - Não Malú, eu não queria falar nada, queria fazer...

De repente ele pega meu rosto e me beija bem delicadamente, nossos lábios pareciam estar numa dança calma e muito sincronizada, eu tinha de me esforçar para não agarrá-lo e beijá-lo com força, mas fiquei com medo de parecer muito oferecida...na verdade eu já devia ter me libertado dos braços dele, mas minha vontade de esquecer o mundo era maior, além de todo poder de atração que ele exercia sobre mim.


Aos poucos ele foi se afastando, me deu uns dois selinhos molhados e me olhou com fogo nos olhos, nunca vi um olhar daqueles, ele estava me analisando, me conhecendo e me invadindo...me sentia nua com aquele olhar de cobiça e mistério, mas não me intimidei, pelo contrário, aquilo me instigava a prosseguir mais e mais nesse mistério sexy chamado Renato.

- E então? - ele perguntou passando a mão nos cabelos e me deixando hipnotizada.


- Hmmm muito inesperado, mas - o olhei por mais um instante até ter certeza que eu diria mesmo aquilo, e decidi que sim.


- Mas o quê?


- ...Mas muito bom! - e eu sorri pra ele e passei a mão acariciando sua nuca


- Desculpe, mas naquele dia eu quase morri de arrependimento de não tê-la beijado e por isso te liguei...eu não parei de pensar em você e no quanto isso mexeu comigo!!!


Então ele me abraçou e eu fiquei muito grata de poder esquecer o Victor por esse pequeno período...


Nossa tarde foi perfeita, ficamos juntos, nos conhecendo, nos beijando, nos adaptando um ao outro e aos poucos senti meu coração gelar na esperança de que agora desse certo para mim...eu sempre tive esse defeito, sou ansiosa, sempre quis saber o que vai acontecer e quando, sempre criei expectativas e caí do cavalo, nunca fui levada a sério e muito menos namorada e amada por alguém especial assim como o Renato... Tentei afastar a paranóia, mas foi inútil, porque já me ocorreu um segundo pensamento, VICTOR, eu teria de contar a verdade ao Renato, se as coisas ficassem sérias entre a gente, eu teria de contar e acho que isso iria acabar com qualquer chance de dar certo!