Web Amor não Correspondido - Cap. 5

Depois de ter desligado o telefone e rido um bocado sozinha por causa da idiotice constante do Victor, comecei uma batalha muito dura " A ROUPA".

Eu e a Kamila terminamos de arrumar as unhas, cabelo, maquiagem e finalmente a bendita roupa... Ela estava super produzida, colocou um vestidinho preto bem curtinho (e gente o corpão dela permitia essas coisas).

- Nossa Ká, você tá querendo matar quem hein? - perguntei assim que ela entrou em meu campo de visão.

- kkkkkkkkk boba!!! Gostou mesmo? - ela perguntou analisando o próprio corpo.

- Claro você está linda... Só é meio curto né? - eu disse com medo de magoá-la pela pequena crítica.

- Curto mesmo, mas hoje eu to querendo abalar!!! - acabei só assentindo e não disse mais nada, fui pegar minha roupa, que também era um vestido, porém era tomara um tomara que caia estampado bem sexy, mas ao mesmo tempo delicado, pra terminar de vez a produção.

O Victor chegou e a Kamilla foi logo saindo pra recebê-lo, mas eu demorei mais um tempinho para não parecer anciosa demais...

- Nossa senhora! Tô podendo diz aê? Duas gatas dessas, uma lora linda - e passou a mão no meu cabelo - e uma morena mais que linda meu coração não aguenta!!! - mas tinha que ter o "MAIS QUE LINDA" pra acabar de vez com minha alegria.

Poxa não era justo, a Kamila não gostava dele, nem tava nem aí pra ele e ele se derretia por ela, já eu idiota como sou, morro de amores e ele caga e anda pra mim.

Entrei e me sentei no banco de trás do carro, não tinha clima pra conversar e muito menos ver o olhar de frustração dele por ela ter ficado solitária no banco de trás do seu carrinho lindo... Ele todo animado colocou uma música animada bem alta, e cheio de risinhos e conversinhas fomos em direção a mais uma festa pra acabar de vez com meu coração.

Quando chegamos, descemos do carro e enquanto a kamila andava na frente, ele me puxou e disse - O que você tem?

- Nada.

- Como assim nada? Ta mó estranha e pá e diz que não foi nada?

- Victor... - segurei uma de suas mãos e o olhei bem no fundo dos olhos - Eu estou cheia de você. É isso que eu tenho. Agora se me permite, eu gostaria de curtir a festa e conhecer caras bacanas, tenta não me atrapalhar tá? - dei as costas e saí andando enquanto ele ficava com a cara de babaca assustado lá na porta.

A Kamila também não deu muita moral pra ele lá dentro e logo arrumou um gatinho pra dançar com ela. Ele em compensação estava de bico tocando a bateria dele, nunca tinha visto alguém se apresentar num mau humor desses.

Eu fui buscar uma bebida pra mim, afinal de contas beber e afogar minhas mágoas tem sido minha especialidade desde que o cúpido zarolho me flechou, quando estava voltando pra onde a louca da Kamila estava se atracando com o tal carinha, um gato me olhou tão intensamente, que senti até os meus pelos se eriçarem e minhas pernas ficarem meio bambas...

Eu chega parei involuntariamente e o encarei incrédula, como era possível eu ainda encontrar alguém que me pudesse fazer sentir isso assim, tão apaixonada pelo Victor como eu estava? Será que esse gato era minha salvação? Eu não podia deixar passar essa!!!

Ficamos nos encarando em silêncio, eu bestificada pela sua beleza. Nunca fui chegada a homens cabeludos, mas esse era diferente, tinha o cabelo na altura dos ombros, olhos verdes contrastando com o negror dos cabelos e a pele clara, alto e meio musculoso... Mas o que mais me chamou a atenção foi o modo como ele mecheu em seus cabelos, passando a mão devagar e mostrando aquela pulseira de couro preta bem exótica presa ao pulso. Continuou me olhando e sorriu de lado, me passando um ar misterioso e erótico ao mesmo tempo.

Continuei paralisada, analisando cada detalhe até que ele quebrou o silêncio e disse - Oi meu nome é Renato.

- Ah oi, meu nome é Malú! Quer dizer Maria Luíza.

- Você está acompanhada Malú?

E antes mesmo que eu pudesse responder o Victor me pegou por trás, me girou e me tascou um beijo inacreditavelmente violento, possessivo, porém delicioso... Segurou minha nuca com uma de suas mãos e com a outra traçou caminhos incontroláveis pelo meu corpo me deixando ofegante e surpresa por tamanha audácia.

O beijo dele era perfeito para mim, nem seco nem molhado, a fragância de seu corpo misturava com o sabor quente e meio apimentado de sua boca, deixando tudo mais afrodisíaco do que eu podia imaginar, transformando tudo a minha volta num borrão onde só existia nós dois ali, pintados na mais perfeita e bela forma do amor.